INTRODUÇÃO
1- EDUCAÇÃO ESCOLAR DE PESSOAS COM SURDEZ
Ao refletir sobre a educação escolar de alunos com surdez, havendo uma ruptura entre os gestualista e os
oralistas, e interpretando, à luz do pensamento pós-moderno, a pessoa com
surdez, como ser humano descentrado, em que os processos perceptivos, linguísticos
e cognitivos poderão ser estimulados e desenvolvidos, tornando-os seres humanos
capazes, produtivos e constituídos de várias linguagens, com potencialidade
para adquirir e desenvolver não somente os processos visuais-gestuais, mas
também ler e escrever as línguas em seus entornos. Isso nos faz pensar na
pessoa com surdez não reduzida ao
chamado mundo surdo, mas como ser biopsicosocial, cognitivo, cultural. Neste
contexto, a Educação Especial, na perspectiva inclusiva, vem o AEE como o
serviço complementar na escola/classe comum, onde se oferece novas
possibilidades para as pessoas com surdez, em que a Libras e a Língua
Portuguesa escrita são línguas de comunicação e instrução.
2-
DESENVOVIMENTO
Há mais ou menos dois séculos existe um discurso político e críticos entre os gestualistas e os oralistas,
que tem ocupado lugar de destaque nas discussões e ações desenvolvidas em prol
da educação das pessoas com surdez, sempre responsabilizando o sucesso ou o
fracasso escolar com base na adoção de uma ou de outra concepção com suas
práticas pedagógicas específicas. Todas as discussões ficam centradas na
aceitação de uma língua ou de outra, as pessoas com surdez não têm o seu
potencial individual e coletivo desenvolvido, ficam á margem das relações
sociais das quais fazem parte, sendo banidas
a uma condição de exclusão em sua
minoria.
A
nova política de educação no Brasil vem tecendo fios direcionais que
possibilitam superar uma visão centrada de homem, sociedade, cultura e
linguagem de forma fragmentada , certamente, não só neste momento histórico
como um modismo, mas que se consolidará numa perspectiva de inclusão de todos,
com especial destaque para as pessoas com deficiência. Devemos acreditar numa nova política de
Educação Especial na perspectiva inclusiva, principalmente para pessoas com
surdez, tornado- as promissora no
ambiente escolar e nas práticas sociais e institucionais. Portanto por mais que
as políticas estejam já definidas, há muitas questões e desafios ainda para ser
discutidos, muitas propostas, principalmente no espaço escolar, precisam ser
revistas e algumas tomadas de posição e bases epistemológicas precisam ficar
mais claras, para que, realmente, as práticas de ensino e aprendizagem na
escola comum pública e também privada apresentem caminhos consistentes e
produtivos para a educação de pessoas com surdez.
Nesse sentido, sob a força do que se constitui como paradigma inclusivo,
não legitimamos os estudos e trabalhos que têm defendido os marcadores com sua própria identidade a dos surdos: cultura surda, identidade
surda, línguas surdas e sujeito surdo, tendo, do outro lado, os seus oponentes:
os ouvintes dominadores. Acreditarmos
na nova Política Nacional de Educação Especial, numa perspectiva inclusiva, e
não juntamos com essas concepções que dividem as pessoas com ou sem
deficiência, pois além de tudo por mais que diferentes nós humanos sejamos,
sempre nos igualamos na convivência, na experiência, nas relações, enfim, nas
interações, por sermos humanos. Não vemos a pessoa com surdez como o
deficiente, pois ela não o é, mas tem perda sensorial auditiva, ou seja, possui
surdez, o que a limita biologicamente para essa função perceptiva. Mas, por
outro lado, há toda uma potencialidade do corpo biológico humano e da mente
humana que canalizam e integram os outros processos perceptuais, tornando essa
pessoa capaz, como ser de consciência, pensamento e linguagem.
3_ CONCLUSÃO
Primeiramente é de ser observada a evolução com que a humanidade, passou
a considerar as pessoas surdas, no qual até os dias de hoje, impulsiona a
inclusão das mesmas em todos os setores da sociedade. Neste aspecto deve ser
ponderado, e com louvor, a política nacional que por meio das normas jurídicas,
regulamentou os direitos e garantias descritos na Constituição Federal do
Brasil para as pessoas portadoras de deficiências.
Como se observa a educação das pessoas surdas acompanhou as transformações
e exigências do meio social. Através de pesquisas, experiências e outros
estudos de profissionais da área, foi possível elaborar métodos para a
aprendizagem das pessoas surdas, como é o caso da Linguagem Brasileira de
Línguas - LIBRAS.
A educação do aluno surdo deve ser embasada em uma didática direcionada
a uma orientação da aprendizagem, buscando um método que enfatiza um conjunto
dos procedimentos que possam garantir a finalidade para qual foi elaborada. Neste
contexto, surge a figura de dois personagens fundamentais para a eficácia dos
métodos adotados, o professor e o interprete, que interagindo com outro
personagem o aluno surdo, atingem o objetivo do ensino e da aprendizagem. Como foi visto, no percurso deste ensino,
surge para o professor e o interprete alguns conflitos que devem ser sanados
com um planejamento em conjunto e eficiente para o aluno surdo. É
admirável a atividade que o professor desempenha na sua arte de ensinar, bem
como é de serem consideradas as funções exercidas pelo profissional intérprete,
que são teoricamente inexplicáveis, porém, com grande estilo as desempenha.
É fundamental, que os profissionais envolvidos neste contexto, exerças
suas funções com confiabilidade, respeito, parceria e envolvimento educacional,
desempenhando assim perfeitamente a Inclusão deste alunos não só na educação,
mas também na sociedade às pessoas que
são discriminadas ocuparem seu espaço na sociedade.
BIBLIOGRAFIA_________.
Mirlene Ferreira Macedo. Educação
Escolar Inclusiva das Pessoas com Surdez na Escola Comum: Questões Polêmicas e
Avanços Contemporâneos. In: II Seminário Educação Inclusiva: Direito à
Diversidade, 2005, Brasília. Anais... Brasília: MEC, SEESP, 2005. P 46- 47
Gostei da sua abordagem quando você diz sobre os profissionais envolvidos em que devam apresentar confiabilidade, respeito e parceria no trabalho. Vejo que hoje falta muito esse aspecto e diante disso precisamos, como professoras do AEE mostrar o quanto é importante o respeito ao aluno com deficiência de um modo geral.
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