domingo, 8 de junho de 2014


TGD- ESTRATÉGIAS E RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA


    Apresentarei algumas atividades e estratégias de recurso de baixa tecnologia que ajudam estimular  alunos da faixa etária de 03 a 15 anos de idade, em sala de aula, AEE, Biblioteca ou ainda sala de informática .Apresentarei   alguns tipos de recursos de baixa e alta tecnologias.e vários fatores como: Socialização, Linguagem, Cognitivo e a Motricidade do aluno com TGD.    . Tanto os professores de sala de aula como também os professores de AEE podem contribuir  para o desenvolvimento do aluno com recurso de baixa tecnologia.
   Todos os momentos e ambientes são utilizados como objetos de estudo. Na sala de aula, no parque, em casa, sempre haverá o que ser usado como objetos de aprendizagem. Na Escola, primeiro exploramos a própria sala de aula depois os demais ambientes. Devemos dar importância ao que mais agrada a criança para se iniciar um trabalho de adaptação/familiarização professor X aluno.     A escolha de um sistema de Comunicação Alternativa deve ter como base atender às necessidades do utilizador, verificando-se inicialmente se essa forma comunicativa deve ser com ou sem ajuda. Pode-se optar por um só sistema ou pela utilização mista. Nesse caso, deve ser escolhido um sistema base (Johnson et al., 1998). Em contrapartida Bez (2014) considera que a escolha de um sistema de comunicação alternativa para sujeitos com déficits de comunicação e cognição, deve ir além das necessidades do usuário, levando-se em conta também os diversos contextos sociais e os sujeitos em interação com outras pessoas.
As estratégias e recursos de baixa tecnologia tem o intuito de apoiar os alunos com TGD em seu desenvolvimento de habilidades comunicacionais e na sua interação social.
RECURSOS DE BAIXA TECNOLOGIA:
Pranchas de comunicação - As pranchas de comunicação podem ser construídas utilizando-se objetos ou símbolos, letras, sílabas, palavras, frases ou números. As pranchas são personalizadas e devem considerar as possibilidades cognitivas, visuais e motoras de seu usuário.
  A CA área da tecnologia Assistiva, que destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever, pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação que devem ser construídas juntos com o aluno. pranchas de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário, principalmente pessoas com TGDs.
O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".    
Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil o PCS foi traduzido como Símbolos de Comunicação Pictórica. O sistema PCS possui como características: desenhos simples e claros, fácil reconhecimento, adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados. São extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está disponível no Brasil por meio do software Boardmaker    A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.


Descrição da imagem:
Prancha de comunicação














    


O primeiro verso da poesia "Leilão de Jardim", de Cecília Meireles, foi digitada com o recurso "Simbolar" do Boardmaker. Desta forma, cada palavra aparece com a representação simbólica do PCS, acima do texto escrito. O verso diz: Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de várias cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos?





Descrição de imagem:

Um caderno de comunicação foi construída com  imagens e apresenta as palavras






Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência e auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar"





Descrição de imagem:

Com fotografias escaneadas de um cardápio foi montada uma prancha de comunicação, para o preparo do lanche.





  Visualizar as imagens do lanche usando a salsicha, o molho e a panela para o cozimento,. Estas mesmas imagens aparecem organizadas numa prancha de comunica




Referências:
http://www.assistiva.com.br/
Conteúdo de autoria de Mara Lúcia Sartoretto e Rita Bersch ©2014.


4 comentários:

  1. Interessante esse trabalho envolvendo a prancha de comunicação para o autista, sabemos que muitos deles se comunicam rigorosamente através desse recurso.

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  2. É verdade Ju!! Existem algumas crianças autistas das quais o trabalho somente se desenvolve com o uso da prancha de comunicação. Muito legal esse trabalho Alzira.

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  3. Realmente muitas crianças com autismo necessitam deste recurso para comunicar-se ou realizar suas atividades, pois a linguagem oral muitas vezes não é desenvolvida ou é inteligível, sendo a prancha de comunicação a forma pela qual ele se comunica e interage com as pessoas.

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  4. Realmente a produção de pranchas de comunicação para crianças com autismo que não possuem linguagem oral é de fundamental importância, pois através deste recurso ela pode comunicar os seus desejos, vontades, frustrações, realizar tarefas domésticas, educacionais e interagir com seus parceiros de forma independente.

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